Hoje
eu resolvi falar dele. Dele, que é a forma mais concreta da palavra maravilha. Dele, que não sai por aí distribuindo
sorrisos, mas que, quando sorri, consegue me ganhar por completo. E assim, o
mundo se torna só meu e dele, e gira mais devagar. Felicidade plena.
Ele
sabe que não sou tão boa com palavras, até diz que eu me expresso melhor com
olhares. Mas parece que nada é suficiente pra explicar o quanto eu transbordo
de felicidade sempre que tenho o privilégio de sentir seu cheiro, de ver sua
cara de marrento, de beijá-lo e de me perder em cada beijo.
Dia
17, o dia em que oficializamos. Na verdade, começamos a acontecer bem antes, só
eu que não havia notado. Ainda era só a Giovanna-amiga na minha cabeça, mas não
na dele. Demorei alguns meses pra perceber que é ele o dono do olhar mais
bonito, daquele sorriso de canto de boca (ah, e que sorriso!) que faz de mim a
garota mais feliz. E hoje, me vejo como uma garota de sorte. Isso me faz
pensar: “Como eu demorei tanto pra me apaixonar por ele?” ou “Quem diria que
aquele baixinho da outra sala, que falava comigo de vez em quando, se tornaria
o dono do meu coração e dos meus primeiros e últimos sorrisos do dia?”. É o que a gente pode chamar de amor à
trigésima vista.
Dias
1º estão no coração. Foram os dias dos nossos dois primeiros beijos (sim,
tivemos dois primeiros beijos). Foi no nosso segundo primeiro beijo que eu
perdi meu medo de me render, quando eu olhei fundo em seus olhos e deixei que
nossas bocas se encaixassem, que no mundo existisse apenas eu e ele. Mais
ninguém.
Os
dias que antecederam o primeiro “eu te amo” foram os dias em que me peguei
fazendo planos, e lá estava ele, em todos. Foi aí que eu tive a certeza de que
é ele que eu quero do meu lado todos os dias. E eu agradeço todos os dias por
nossas linhas terem se cruzado, fazendo com que eu visse que é dele que eu
preciso aqui comigo.
Adoro
suas manias, o jeito que ele arruma os meus óculos quando caem pra ponta do
nariz, aquela gargalhada gostosa que ele dá quando faço cócegas, seus beijos na
orelha (mesmo falando “não faz isso”), suas mãos percorrendo minhas pernas, seu
cheiro de loja de terno, seus áudios de “bom dia”, cantando minhas músicas
favoritas, nossas brincadeiras idiotas, mas tão nossas, sua pele quente, seu
olhar que me transmite uma paz fora do normal, quando ele começa com um “vem
aqui” ou um “ta faltando alguém aqui”, iniciando a tortura de cada noite. Gosto
do seu lado criança e brincalhão, e da sua seriedade, quando a vida cobra o seu
lado homem. Homem que eu quero todos os
dias, encostado em meu colo, olhando para mim com aquela cara de sono, minha
fraqueza. Gosto de quando ele me passa proteção, me deixando aninhar em seu
peito, ou com um abraço que traduz um “vai ficar tudo bem”, quando ele tenta me
acalmar (e sempre consegue), dizendo um simples “ommmm”. É dele a culpa das
músicas dos Los Hermanos e do Forfun no meu celular e de eu estar escutando “O
Vento”, enquanto escrevo isso. É desse moreno a culpa de eu sempre demorar pra
dormir, porque ele não sai da minha cabeça.
Posso
dizer com convicção que, a cada dia que passa, a cada sorriso dado, a cada
cafuné, eu me sinto mais dependente dessa droga (que faz bem, óbvio) que ele é,
e tenho mais certeza de que ele é a minha escolha perfeita, motivo dos meus
sorrisos, o meu sim, sem arrependimentos.
"Pra nós, todo o amor do mundo."